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Mi Hermano del Sur

24/06/2016

“Jamás te recuerdo, porque nunca te olvido”

Tinha que começar estas linhas com a frase de encima. É engraçado como é que alguém escreve alguma música tentando expressar sentimentos ou vivencias específicas e a gente pega o conteúdo e se apropria dele. Isso aconteceu com a gente. A frase do começo virou nossa, irmão.

Com certeza a vida cotidiana tem afastado a gente, primeiro a Universidade, os namoros, agora os trabalhos. Eu não acredito que a gente se conheceu aos 17 ou 16 anos e agora somos adultos. Você se lembra quando ficávamos conversando no meu quarto até tarde? Se lembra quando namorou com a minha prima que eu não conhecia? Eu lembro disso, lembro de muita coisa; mas acho que você lembra dos detalhes que eu esqueci por conta da minha memória ruim. Também tenho esquecido o Português.

Carnal eu acho que você sabe, mas não quero perder a oportunidade de falar que você é dos meus grandes maestros da vida. Eu te admiro demais. Ninguém conseguirá compreender o que significa desligar a luz com o índice mais do que eu. Engraçado é que anos depois acabei de te admirar mais além. Agora não só intentava compreender; agora eu estava vivendo a mesma coisa.

Estou sentindo a sua falta pra caralho agora. Você sempre tinha o portuñol certo pra me dar o conselho exato. A sua visão da vida é peculiar. Ainda não conheci alguém com mais raça do que você. Lembro que um dia estávamos assistindo um jogo de futebol e te falei: “Como é que aquele cara fica o tempo tudo com a bola? , ninguém consegue tirar dele” ; você com calma respondeu em espanhol (eu acho que foi para que não ficasse dúvida do que ia falar): “Eso se llaman ganas rich”

Aquela expressão tão simples deixou claro como você vê o mundo. Qualquer que te conhece pode me dar a razão. Sete ou oito anos passaram já que não nos encontramos de novo. Mas tenho certeza que você segue dando o cem por cento e além, em tudo o que faz.

Hebert (ou Evertt, no México), você é minha família, e sem importar a distância nem o tempo continuamos perto. Agora vem à minha mente a despedida no aeroporto. Eu não parei de chorar no avião. São sentimentos, sensações que não é possível expressar com palavras, e fica mais difícil em outra língua. Hermano, eu me sinto agradecido demais de ter coincidido com você, com o Donizeth, com o Higor e como minha mãe que adoro. Você é parte de mim.

Tomara que seja logo que fiquemos bebendo uma cerveja ou tequila juntos e fiquemos conversando. São tantas lembranças que estas linhas não dão para dizer a vontade que tenho de ver você mais uma vez. É tanta a saudade que não dá minha curta linguagem para descreve-la. É tanta a saudade que aperta o peito. Por último irmão, só posso te dizer: Parabéns! C tá ficando velho, viu!

Vida: trem bom!

Te extraño carnal. 



No buraco no meio da nada

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